TVP
quinta-feira, 25 de março de 2010
?!
Gostaria apenas de conceber as ideias que me afligem, não só visionar vontades sem carácter de realidade... Levar esse Todo a um lugar só meu, onde ninguém interviesse, e eu fosse capaz de enunciar palavras já gastas por tanto pe(n)sar.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Hábito
Incrível é essa capacidade de se habituar... o ouvido já aguçado, o fato das palavras repetidas, idas e vindas a mesmos lugares, lares e bares de um cotidiano, o ano que passa sem mudança real, igual no tempo, ato e efeito, cheiro que lembra ainda por costume, assume e tenta vingar um passado, andado diário que vem e que passa, graça de quem acha que a vida é de quem acha o que procura, cura acostumada com a mesma panacéia, essa ideia nova de fazer sempre as velhas coisas, folhas que guardamos e voltamos a virar, aumejar um amanhã repleto de atuais passados, embalos irregulares de pés cheios de andar, falar do paládio que se encontra na habitual fonte, ponte estuporada por tanta passagem, coragem de sentir o que já sentimos... Preencheriamos o branco que habita nosso intro..???
...
Acabou virando uma necessidade, da qual não se teve ainda tempo a vício... Contudo é tal sobra de incerteza que me carrega à clareza do sonho... Devanear, ruflas nesse céu com dono.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Livros...
"Filhos dos séculos das luzes!
Filhos da Grande Nação!
Quando ante Deus vos mostrardes,
Tereis um livro na mão:
O livro - esse audaz guerreiro
Que conquista o mundo inteiro
Sem nunca ter Waterloo...
Éolo de pensamentos,
Que abrira a gruta dos ventos
Donde a Igualdade voou!...
Por uma fatalidade
Dessas que descem de além,
O século que viu Colombo,
Viu Gutenberg também.
Quando no tosco estaleiro
Da Alemanha o velho obreiro
A ave da imprensa gerou...
O Genovês salta os mares...
Busca um ninho entre os palmares
E a pátria da imprensa achou...
Por isso na impaciência
Dessa sede de saber,
Como as aves do deserto -
As almas buscam beber...
Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão-cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n`alma
É gérmen - que faz a palma,
É chuva - que faz o mar."
Trecho de "O Livro e a América" - Castro Alvez
Parafraseando Monteiro Lobato: Um país se faz com homens e com livros.
sábado, 20 de março de 2010
Íris
A angústia desse saber em não a cólica intangível do que se sabe que quer, os rios quais descem sem que ninguém veja, sinta ou ouça(,) as palavras que vazam sem metrificação, diz que tem, não tem, vida com codificação, e pontes, e postes, e pontas, quem conta em um canto de cada avenida, e lida, e nina a menina luzindo que auferi, candeia que zele essse escuro de luz, ondeia e embebe(,) a noite traduz, esse acoite algures quão longe, quão grande, me diz que habita em orbe nenhum, algum é quem veio, velhando já foi amiúde, e trago, é claro, comigo em embalo, bolha e balão, tão dois quanto um, num glauco vislumbre, pia em penumbre, e o doce assume-se sal, saudosa verdade de que tudo aqui é igual.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Guia
Tem luzes, de um brilho artificial, tem gritos... farfalhares e também gorgeios
Tem falta e sobra, tem nostalgia, tem esse sopro, esse rasgo na pele,
O balanço dos verdes, o voar do inseto
O sussurro do cheiro, o sabor do branco,
A febre ligeira, lá no alto, o encanto.
Vejo o lado e o oposto, a árvore que pisca
ascenderam a vida e levaram o gosto.
Tem nuvens nesse céu escuro ainda,
Tem círculo que no longe ainda brinca...
O sopro do vento enganou o sonho
que em sono ainda acreditava brilhar,
Tem a palpebra, que abriu os olhos,
A incógnita que os fez vazar
Com olhos em maré alta acumulei mais ondas,
Fui mergulhar!
Tem falta e sobra, tem nostalgia, tem esse sopro, esse rasgo na pele,
O balanço dos verdes, o voar do inseto
O sussurro do cheiro, o sabor do branco,
A febre ligeira, lá no alto, o encanto.
Vejo o lado e o oposto, a árvore que pisca
ascenderam a vida e levaram o gosto.
Tem nuvens nesse céu escuro ainda,
Tem círculo que no longe ainda brinca...
O sopro do vento enganou o sonho
que em sono ainda acreditava brilhar,
Tem a palpebra, que abriu os olhos,
A incógnita que os fez vazar
Com olhos em maré alta acumulei mais ondas,
Fui mergulhar!
Excelso ondeio
Quando acordei do quarto escuro da minha consciência, a luz feriu-me os olhos, sentia a dor de não haver mais noite nem ilusão, pois meu ser dispertara;
Poderia ser mais feliz se os outros abrissem suas janelas e vissem o sol...?! Todos nós, poderiamos repartir o "paraíso".
Poderia ser mais feliz se os outros abrissem suas janelas e vissem o sol...?! Todos nós, poderiamos repartir o "paraíso".
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