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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

(,)

...Essa sombra que se alimenta lentamente, (das grades)das árvores(,) das varandas e telhas(,) das casas, dedura de boca cheia a infidelidade dos planos.

domingo, 30 de maio de 2010

Colona

Aquele brilho era embriagante... mais ébria impossível seria ficar; os sintomas... passando ao estado físico... Sentia-me nauzeada e tonta, lenta e descomunalmente extirpada.. De imediato deitando raízes em um mundo paralelo e completamente existente. O aumejo latente era o de expandir o tempo e fazê-lo mais preguiçoso, legando-me o fado de absorver a candeia ali eminente. Aqueles pequenos orbes, ah! Moviam-se de aqui, para aqui... E o brilho! Como brilhavam... guarneciam-me de todo vento que pudesse ventar, de qualquer palavra que cessasse em calar... Inconvenientemente enrubescia-me.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Levedando

Nova forma... Maior é aquele que concebe no ver o mais cândido e menos ímpio voar, o bater das túnicas exteriores pelas pestanas guarnecidas, e que aos olhos recobrem em lisonjeio à imagem em ação, ao lúdico que prende e apreende atenção... A culpa do Não é da redundância do que se pensa em dizer, pena dos globos que, oculares vagam e sorriem... Já pertencem, a mercê.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Harpia

Eu disse que não diria, mas olha: um cálice, o que um cálice pode fazer... É-se grande quando de tão minusculo se fez gigante. Em frente, sempre adiante vê-se o que ficou distante. E não esperem. Não! Não creiam que quem vos diz tornar-se-ia um dia... Ilusão de quem pode fingir que (a)prendia. Farta! Farta estou desse grande pequeno orbe... Sonho com o alvorecer em que assim como do mar a espuma, tudo dissolverá

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Lacínia

, Essa necessidade de redigir infinitas discordâncias,
Continentes de palavras,
Que transbordam pela boca incapacitada de eclosão...
Dos verbos me falta a ação;
Dos substantivos me sobra o sujeito.
Em meu "mesmo" atropelam-se as letras,
Dormem silenciosas no mais entranhavel festejo...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Alteado

Emudecida cá estou... Os dedos, oh! Meus dedos mecanicamente movem-se; e a estática de meus olhos, esta ao pensar no distante vale deve-se, Excelso e Divino. Investiria a eternidade na busca deste não saber dizer... Contaria causos infindaveis de uma não tida vinda, não fosse por mim perdidas as palavras, entibiadas nos mais simples lábios forjados por outra.

domingo, 18 de abril de 2010

Vitrola

....e
....esse
........amontoado-de
........................ideias
.......................que
........................me
..................................expandem-a
........................................freguênciasem
........................................ninguém
.capazde.i.n.s...
. . . . . . . . . .ta
. . . . . . . . . . .n
. . . . . . . . . . . .ta
. . . . . . . . . . . . .n
.............................e. .(à).
. . . . . . . . . . . . . . . . . .a. . .mente sin-tonizar...

sábado, 17 de abril de 2010

Limiar

Feérico seria achar a fuga correta, incerta em tempo, vento como sou, ora leste, ora oeste, veste que mascara e encara, farsa que se propaga e indaga a decisão, menção ao que se espera, e entrega de mãos vazias o que intracelularmente há, sim vá, eu vou, para o lugar ainda em criação, a cria e o criador, dormente paradoxo de que se pode ter O que já se é tido...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Confeição

Gigante, imensuravel, é essa sensação, esse almejo de ter... Contínua, inatingivel, amedrontadora e crescente... Fluxos de epinefrina dosados à dopamina. E com seu abarco hemianestesiada me mantêm, sem capacidade de reações, desejosa de segurar sua estada, quão osciladora de sentimentos... Cingiria-me.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Regular

Em perfeita simetria luzente, esbranquiçada por essa essência de água, vislumbra-me com sua estática permanência em meu lençou particular de matérias brilhantes. Informa-me de minha pequenitude e deixa claro o vasto espaço ao meu redor pronto a ser preenchido, querendo me elevar a seu leito imaginário que por sopro em sopro vaga esse colorido lençou e esmaga qualquer modo humano de voar. Suas depressões naturais logo são disfarçadas pelo escuro leito, e por trás dele de esconde-esconde brinca, acha que não, mas incita... Finge não saber que em mim se faz viva.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Se eu soesse

E enquanto perpetua esse algor, cresço.
Já sou capaz de sentir o peso de minha pele... Mas o branco? Esse ainda se é branco!

quinta-feira, 25 de março de 2010

?!

Gostaria apenas de conceber as ideias que me afligem, não só visionar vontades sem carácter de realidade... Levar esse Todo a um lugar só meu, onde ninguém interviesse, e eu fosse capaz de enunciar palavras já gastas por tanto pe(n)sar.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Hábito

Incrível é essa capacidade de se habituar... o ouvido já aguçado, o fato das palavras repetidas, idas e vindas a mesmos lugares, lares e bares de um cotidiano, o ano que passa sem mudança real, igual no tempo, ato e efeito, cheiro que lembra ainda por costume, assume e tenta vingar um passado, andado diário que vem e que passa, graça de quem acha que a vida é de quem acha o que procura, cura acostumada com a mesma panacéia, essa ideia nova de fazer sempre as velhas coisas, folhas que guardamos e voltamos a virar, aumejar um amanhã repleto de atuais passados, embalos irregulares de pés cheios de andar, falar do paládio que se encontra na habitual fonte, ponte estuporada por tanta passagem, coragem de sentir o que já sentimos... Preencheriamos o branco que habita nosso intro..???

...

Acabou virando uma necessidade, da qual não se teve ainda tempo a vício... Contudo é tal sobra de incerteza que me carrega à clareza do sonho... Devanear, ruflas nesse céu com dono.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Livros...

"Filhos dos séculos das luzes!
Filhos da Grande Nação!
Quando ante Deus vos mostrardes,
Tereis um livro na mão:
O livro - esse audaz guerreiro
Que conquista o mundo inteiro
Sem nunca ter Waterloo...
Éolo de pensamentos,
Que abrira a gruta dos ventos
Donde a Igualdade voou!...
Por uma fatalidade
Dessas que descem de além,
O século que viu Colombo,
Viu Gutenberg também.
Quando no tosco estaleiro
Da Alemanha o velho obreiro
A ave da imprensa gerou...
O Genovês salta os mares...
Busca um ninho entre os palmares
E a pátria da imprensa achou...
Por isso na impaciência
Dessa sede de saber,
Como as aves do deserto -
As almas buscam beber...
Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão-cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n`alma
É gérmen - que faz a palma,
É chuva - que faz o mar."
Trecho de "O Livro e a América" - Castro Alvez
Parafraseando Monteiro Lobato: Um país se faz com homens e com livros.

sábado, 20 de março de 2010

Íris

A angústia desse saber em não a cólica intangível do que se sabe que quer, os rios quais descem sem que ninguém veja, sinta ou ouça(,) as palavras que vazam sem metrificação, diz que tem, não tem, vida com codificação, e pontes, e postes, e pontas, quem conta em um canto de cada avenida, e lida, e nina a menina luzindo que auferi, candeia que zele essse escuro de luz, ondeia e embebe(,) a noite traduz, esse acoite algures quão longe, quão grande, me diz que habita em orbe nenhum, algum é quem veio, velhando já foi amiúde, e trago, é claro, comigo em embalo, bolha e balão, tão dois quanto um, num glauco vislumbre, pia em penumbre, e o doce assume-se sal, saudosa verdade de que tudo aqui é igual.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Guia

Tem luzes, de um brilho artificial, tem gritos... farfalhares e também gorgeios
Tem falta e sobra, tem nostalgia, tem esse sopro, esse rasgo na pele,
O balanço dos verdes, o voar do inseto
O sussurro do cheiro, o sabor do branco,
A febre ligeira, lá no alto, o encanto.
Vejo o lado e o oposto, a árvore que pisca
ascenderam a vida e levaram o gosto.
Tem nuvens nesse céu escuro ainda,
Tem círculo que no longe ainda brinca...
O sopro do vento enganou o sonho
que em sono ainda acreditava brilhar,
Tem a palpebra, que abriu os olhos,
A incógnita que os fez vazar
Com olhos em maré alta acumulei mais ondas,
Fui mergulhar!

Excelso ondeio

Quando acordei do quarto escuro da minha consciência, a luz feriu-me os olhos, sentia a dor de não haver mais noite nem ilusão, pois meu ser dispertara;
Poderia ser mais feliz se os outros abrissem suas janelas e vissem o sol...?! Todos nós, poderiamos repartir o "paraíso".