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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Lacínia

, Essa necessidade de redigir infinitas discordâncias,
Continentes de palavras,
Que transbordam pela boca incapacitada de eclosão...
Dos verbos me falta a ação;
Dos substantivos me sobra o sujeito.
Em meu "mesmo" atropelam-se as letras,
Dormem silenciosas no mais entranhavel festejo...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Alteado

Emudecida cá estou... Os dedos, oh! Meus dedos mecanicamente movem-se; e a estática de meus olhos, esta ao pensar no distante vale deve-se, Excelso e Divino. Investiria a eternidade na busca deste não saber dizer... Contaria causos infindaveis de uma não tida vinda, não fosse por mim perdidas as palavras, entibiadas nos mais simples lábios forjados por outra.

domingo, 18 de abril de 2010

Vitrola

....e
....esse
........amontoado-de
........................ideias
.......................que
........................me
..................................expandem-a
........................................freguênciasem
........................................ninguém
.capazde.i.n.s...
. . . . . . . . . .ta
. . . . . . . . . . .n
. . . . . . . . . . . .ta
. . . . . . . . . . . . .n
.............................e. .(à).
. . . . . . . . . . . . . . . . . .a. . .mente sin-tonizar...

sábado, 17 de abril de 2010

Limiar

Feérico seria achar a fuga correta, incerta em tempo, vento como sou, ora leste, ora oeste, veste que mascara e encara, farsa que se propaga e indaga a decisão, menção ao que se espera, e entrega de mãos vazias o que intracelularmente há, sim vá, eu vou, para o lugar ainda em criação, a cria e o criador, dormente paradoxo de que se pode ter O que já se é tido...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Confeição

Gigante, imensuravel, é essa sensação, esse almejo de ter... Contínua, inatingivel, amedrontadora e crescente... Fluxos de epinefrina dosados à dopamina. E com seu abarco hemianestesiada me mantêm, sem capacidade de reações, desejosa de segurar sua estada, quão osciladora de sentimentos... Cingiria-me.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Regular

Em perfeita simetria luzente, esbranquiçada por essa essência de água, vislumbra-me com sua estática permanência em meu lençou particular de matérias brilhantes. Informa-me de minha pequenitude e deixa claro o vasto espaço ao meu redor pronto a ser preenchido, querendo me elevar a seu leito imaginário que por sopro em sopro vaga esse colorido lençou e esmaga qualquer modo humano de voar. Suas depressões naturais logo são disfarçadas pelo escuro leito, e por trás dele de esconde-esconde brinca, acha que não, mas incita... Finge não saber que em mim se faz viva.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Se eu soesse

E enquanto perpetua esse algor, cresço.
Já sou capaz de sentir o peso de minha pele... Mas o branco? Esse ainda se é branco!